Queda de Cabelo

Alopecia Fibrosante Frontal e Líquen Plano Pilar

O líquen plano pilar (LPP) e a alopecia fibrosante frontal (AFF) são doenças inflamatórias crônicas que causam perda permanente dos cabelos na região afetada pela doença, os quais são substituídos por fibrose (alopecia cicatricial).   

A alopecia fibrosante frontal é uma variante do LPP, mais comum em mulheres após a menopausa, porém também pode ocorrer nos homens e em mulheres mais jovens. A AFF se caracteriza pela perda progressiva e definitiva dos fios, em faixa, na linha anterior dos cabelos, dando a sensação de que a testa está aumentando. Frequentemente está associada à perda dos pelos das sobrancelhas, pápulas faciais (bolinhas) e líquen plano pigmentoso (manchas escuras no rosto).   

Por serem alopecias cicatriciais, ou seja, gerarem perda irreversível dos cabelos, o diagnóstico e o tratamento precoces dessas doenças são muito importantes. 

Eflúvio Telógeno

É caracterizado por um distúrbio no ciclo capilar que causa aumento da queda diária dos cabelos, acometendo mais frequentemente as mulheres. 

No ciclo capilar normal, aproximadamente 90% dos fios estão na fase de crescimento (fase anágena) e cerca de 10% a 15% dos cabelos estão na fase telógena ou fase de queda. Sendo assim, é normal cair de 100 a 150 fios de cabelo por dia.    

Se há uma alteração do ciclo capilar e mais de 20% dos fios do couro cabeludo estão na fase de queda (fase telógena), estaremos diante de um eflúvio telógeno, o qual é subdividido em agudo e crônico, de acordo com o tempo de duração da queda capilar. Associado à queda excessiva dos fios, pode haver aumento na sensibilidade, coceira e/ou dor no couro cabeludo. 

Dentre as causas mais associadas ao eflúvio telógeno agudo (ETA) estão: pós-parto, infeções (ex.: COVID-19, dengue…), estresse emocional, febre, cirurgias, dietas restritivas, perda importante de peso e medicações. A causa do ETA geralmente ocorre 3 meses antes da queda intensa do cabelo. 

Algumas pessoas apresentam queda capilar excessiva por mais de 6 meses, o que caracteriza o eflúvio telógeno crônico.

Alopecia Areata

Alopecia areata é uma doença autoimune (as próprias células imunológicas do paciente atacam os folículos pilosos).
Tem influência genética e se apresenta em vários tipos:

  1. Em placas: mais comum, geralmente tem o aspecto de placas arredondadas no couro cabeludo. Alta chance de repilação espontânea.
  2. Total: 100% de perda dos fios no couro cabeludo e menor chance de repilação.
  3. Universal: além de perda dos fios no couro cabeludo, há a queda também dos pelos faciais e corporais.

Alopecia Androgenética (Calvície)

A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície, é a principal causa de queda de cabelos nos homens e nas mulheres.    

Como o próprio nome diz, ela tem origem genética e hormonal (hormônios androgênicos), pode se desenvolver desde a adolescência, porém sua incidência aumenta com o passar da idade. Alguns fatores podem acelerar o processo de queda, como a suplementação de hormônios masculinos.   

Ao longo do tempo, os fios vão se tornando mais finos e ralos, processo chamado de miniaturização. Nos homens, geralmente se inicia na região frontal (entradas) e no vértex (coroa), e posteriormente evolui para a região central do couro cabeludo. Já nas mulheres, há um padrão de diminuição da densidade capilar mais difuso, notado como: alargamento da risca central do cabelo, perda do volume, afinamento do rabo de cavalo e visibilidade do couro cabeludo.   

Atualmente, alguns tratamentos orais e tópicos estão disponíveis, assim como procedimentos que podem ser realizados para ajudar na terapêutica, como a MMP (microinfusão de medicamentosa na pele), o laser Lavieen, a intradermoterapia capilar e o microagulhamento.